Claro que mastigar bem é importante, mas há opiniões diversas sobre a intensidade ideal da mastigação. Segundo o gastroenterologista Thomas Szegö, com a mastigação intensa o alimento começa a ser digerido na boca e forma uma pasta que chega pronta ao estômago, facilitando a digestão. “Quando comemos com calma, damos tempo para o organismo assimilar os nutrientes. Quem come rápido, ao fim da refeição, sente-se empanturrado”, diz ele. Para os orientais, comer com tranqüilidade é ingrediente importante para o bem-estar espiritual. “Mastigar várias vezes nos ensina a fazer as coisas com mais vagar e pode transformar a refeição num momento de meditação”, diz Brígida Fries, da Brahma Kumaris, organização indiana voltada à qualidade de vida e espiritualidade. Outros adeptos da boa mastigação são os macrobióticos, que em cada garfada mastigam pelo menos 30 vezes, acreditando que assim auxiliam a digestão e diminuem o estresse. Segundo Marly Winckler, coordenadora da União Vegetariana Internacional, “a mastigação é importante, mas é desnecessário contar quantas vezes fazemos isso”. Um ponto de vista radical é narrado pelo guru russo Gurdjieff, em Encontros com Homens Notáveis (Pensamento), quando um mestre dervixe o orienta a não mastigar a comida com tanto cuidado, pois isso poderia reduzir o trabalho do estômago, tornando o órgão “preguiçoso”. É de se pensar

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